LONGE
Nas résteas sombreadas de lua.
No embalo dos galhos das caatingueira.
Os grilos ropem o silêncio da noite.
Tudo é tão deserto!
Ao longe luzes artificiais.
Estrondos.
Na noite do meu sertão.
Ha horas o galo já dormiu.
A coruja me olhou espantosamente!
Ao longe o grito da raposa quase enlouqueçida.
As pedras congelam.
Cheiro do manjericão junto a hortelã.
Boa noite.
As serras negras distãnte.
Eu vou indo.
A caipora está solta.
E eu sonho ainda.
Agosto.