DERREPENTE
O vento abre a porta da sala.
Derrepente.
A noite entra.
Cheiro de insenso no ar.
Borboletas fazem rodas no terreiro da casa grande.
Ao longe o carão grita.
Chama a Sabiá.
Céu de estrelas.
Luzes e cometas.
Final de agosto.
Sonhos a desabrochar.
Memorial dos meus avós.
Relicário.
Amo tudo isso.
Ainda existo.