DERREPENTE

O vento abre a porta da sala.

Derrepente.

A noite entra.

Cheiro de insenso no ar.

Borboletas fazem rodas no terreiro da casa grande.

Ao longe o carão grita.

Chama a Sabiá.

Céu de estrelas.

Luzes e cometas.

Final de agosto.

Sonhos a desabrochar.

Memorial dos meus avós.

Relicário.

Amo tudo isso.

Ainda existo.

Patricia de Carvalho
Enviado por Patricia de Carvalho em 30/08/2014
Código do texto: T4943391
Classificação de conteúdo: seguro