Avesso

Nunca é tarde.

Talvez a sombra engane

Ou quem sabe disfarce a realidade?

É noite ainda...

Aquilo que perturba à alma

Só deve fazer sentido ao contrário,

Do avesso, talvez!

Mesmo aquele que vive de pensamento

Ou descobre a razão motriz da vida

Um dia reluz,

E se percebe do avesso.

Sempre é demais.

Cada chão, um novo passo.

Outro gesto para ser dado,

Mas a mesma face para bater...

Todos os caminhos, uma única escolha

Várias formas, um mesmo sentido.

Do avesso se refaz

Nos versos se encontra