A montanha.

Descobrir respostas, construir novas idéias, conseguir que aconteça o viver...

E voem asas estes sonhos e, por nuvens entrelaçadas, sejam murmúrios de fé, sem grilhões que os aprisionem, nos sons que a montanha for cantando. E possam escalar sem quedas os abismos, desviando pedras e renascendo à procura da mão, neste ninho abandonado para se libertarem. E na escolha dos raios que o sol já vem trazendo, passageiros solitários deste mundo, renascer renovados amanheceres.

Possam águias nos céus de todos os instantes, reviver conquistas de vida e de amor, aos poucos esta vida transformando. E inserir, na realidade de insensíveis desesperanças, abraços que encontrem passos abandonados nas viagens do destino, entre fugas colhidas no trajeto.

Desde o sopé de tantos montes, entre promessas e galhos soltos da imaginação, ao desbravar rudes subidas pelas densas névoas que encobrem o ser, em suave cumplicidade com os beijos de manhãs orvalhadas de qualquer dia dourado, possa eu desfrutar a liberdade, ter sorrisos pelos caminhos de distância, erguer bandeiras que tremulem vitórias de momentos e vencer a opressão desta saudade.

Ida Satte Alam Senna
Enviado por Ida Satte Alam Senna em 19/05/2007
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