dança.

Dança

Bastante machucada, com gritos grudados e sem lagrimas pela face, o choro chorando mudo, soluçando sem ruido.

Caminhos nem todos errantes, acreditou nas decisões e jogou seu coração ao mundo.

Bebeu no copo da verdade, encontrou mentiras e maldades.

Correu atrás de amores, ganhou diversas dores.

Correu atrás de sonhos sem nenhuma fé. Insegura e medrosa, não brigou como devia.

Sujou os pés de barro, comeu poeira nas ruas, cruzou becos apavorantes.

Pediu ajuda no desespero, mandou cartas nunca abertas.

Dançou noites inteiras, viajou estradas longas, viu peixes coloridos e algas muito verdes, pisou pequenos arrecifes e dançou carnaval de rua.

Amou os Beatles mas não os Roling Stones.

Adorava sua nona e tinha medo de seu pai.

Foi mãe de namorado, amante de canalha, viveu de olhos fechados.

Enxergou a verdade quando já estava arrebentada.

Casou-se de branco com sua menina no ventre.

Tratada como doente seguiu como vergonha.

Foi mãe duas vezes, viveu seus anos de verdade, amor, paixão de fato, realidade.