muito frio.
Na alma também.
Bom seria, ao lembrar da dor do semelhante, que se arrastou na beira do inferno verdadeiro,ou, que ora esteve nele de fato,lembrar de quem já se foi, tendo a vida jovem, sido levada pelo descaso, fazer com que mágoas e rejeições, se aquietassem, se encolhessem, num pequenino canto de nosso peito, de corpo vivente,que muitos chegaram perto da beira do inferno,mas, longe ficaram de experimenta lo de fato, com o fogo vermelho, queimando o peito, deixando-o em carne viva.
Bom seria, se conseguíssemos, abafar nossas ínfimas mágoas, quando sabidos de dores tão avassaladoras.
As dores e mágoas, cegam nossos olhos, apequenam nossas almas, que correm à se encolher num pequeno canto de vida.Sequiosos de carinho e atenção, seguimos avante,sem perceber que os desvalidos, aviltados na dignidade,arrasados na dor concreta do corpo, abandonados na fome e nas escaras repugnantes, fétidas e quase podres de tudo, que nossas mágoas e dores, podem se aquietar, podem nos doer, mas, podem ser tratadas com uma noite de bom sono, com cobertas quentes e quarto acolhedor.
Quão bom seria, com tantas despudoradas e pungentes dores, jogadas em nossa face diariamente, pudéssemos sair da mesquinhez e dos melindres, por simples palavras, que nem sabemos, se ditas foram, com a vontade de nos magoar.
Não! não é fácil, imperfeitos demais que somos, o sentimento, cutuca e desafia nossos sonhos, alfineta nossas dores, e, sempre será a maior de tantas outras.
Angaria se tudo, como garimpando o infortunio, pensando se na selva escura, abandonados à própia e triste sorte.
Quão pequeno somos, diante do fogo do inferno em vida, da dor nefasta, abstrata, que macula a carne para a eternidade.
Dores e dores. Aquelas que, pode ser deixada no tempo, e, acha se um caminho, onde pássaros e borboletas, voam soberanos nos galhos verdes, ou em flores extasiantes no seu perfume inebriador.
Outras, onde só se tem o cheiro da morte à rondar os dias e noites, onde se percebe o fino fio que deixa, a vida suspensa.
Ao contrario disso, se antenar e, perceber diferenças, entender o que pode e o que não mais terá tempo, seguimos no egoismo, seguimos com passos raivosos, queixando se do frio, da chuva e do calor escaldante.
Num casulo, trancados e maldizendo nossas mágoas e, não percebendo o quanto, as labaredas quase vulcânicas, consomem vidas jovens, vidas famintas, inocentes.
Indo em frente, com uma unha encravada,como se o novo dia nem poderá nascer,pois o sofrimento ,quase nulo, cresce na cegurira da alma prepotente, no egoismo desmedido, sem conseguir perceber. o quanto o semelhante putrefa, morre à míngua ao nosso lado,poi sempre se pensa, que nossa dor é a maior.
Assim seguimos, nos cobrando, tentando sempre, dar a nossa dor, a dimensão merecida.