FOLHAS CAÍDAS..


Era uma noite diferente... Depois da conversa de horas com aquela amiga tão querida, amiga de infância...

-Hoje bateu-me uma tristeza diferente... Não fiquei triste por mim, pela minha vida ou qualquer dor pessoal.
Sim, pelas dores do mundo.  Mas principalmente pelas dores das pessoas
que eu amo. Sem demagogias...

Eu queria tanto que as pessoas que eu amo só tivessem alegrias!
Hoje...
Eu presenciei algumas folhas secas caindo... Em cada uma... Voaram alguns pensamentos meus, levando o meu coração... E descobri que é assim:
Em cada tristeza que sentimos, vai um pouco de nós. Um sonho seco, dando à folha verde, a sua vez... Quiçá!
Me fez lembrar que para o amor, não existe estações.
Os filhos crescem e vão embora, a mãe nesse instante, chora.
O outono, o inverno ou o verão não quer saber da primavera... O tempo segue, segue... À revelia das nossas dores, de vitórias dos sonhos ou dissabores... Se,  pela vida à fora, embriago-me e delicio-me de cada gota de orvalho... Não me vanglorio.
Outros, sofrem, morrem a cada dia, perdendo os seus sonhos, findam as suas esperanças, da felicidade um dia construídas com todo amor, de pai, ou de mãe... Assim como a dor da perda de um filho, pior ainda... Sem ser de morte. É o desprezo deles pelos pais.
Deles, eternas lembranças...  A vida, que ora nos faz exultar de felicidades, em outras horas lhes faz pedir guarida.

Liduina do Nascimento
            

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Enviado por Liduina do Nascimento em 19/08/2014
Reeditado em 01/05/2016
Código do texto: T4929010
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