UM BRINDE DE AGUARDENTE!
Haverá um dia-
Assim... tão de repente...
a passos de indigente,
-que eu te estarei ausente.
Verás que foi pra sempre!
Eu rodarei a chave...
e quase num milagre,
encontrarei a porta...
De ti irei embora,
Na tua melhor hora.
Constatarás contente...
Já não te sou presente!
Um tanto assustado,
Respirarás cansado...
Bastante aliviado!
Mas... no vão dos pesadelos,
No insone travesseiro,
Permearei o chão
Da tua solidão.
Verás que já é tarde
e morto de saudade,
Destravará lembranças...
Que agora são nuanças
No tempo esvaecidas
Na dor da tua ferida.
E assim...tão de repente,
verás que foi pra sempre!
Não lhe estarei presente.
Então... ao que ressentes:
Um brinde de aguardente!