É MEU

Ah, eu não me vendo a essa tua filosofia barata.

Nem esses dramas miseráveis

Eu te Vejo. Eu te escuto.

Mas não sou santo das causas perdidas

Ah, Não me venha dizer o que fazer.

Se ninguém nem sabe por onde começar

Se por cima dos lençóis sua fala é mansa

Sei que debaixo dele também existem os gritos e silêncios

Por vezes eu piso nessa mesma estrada

Por vezes eu me canso de caminhar nela

Porque também tenho vontade de andar na grama não amassada,

Mesmo que os carrapichos grudem em minha perna

Então me permita, esse corpo me foi dado.

Do seu cuide você.

Ajuda também é necessária

Desde que o “eu” não vire o “outro”, e o “outro” não vire o “eu”.

Outra hora. Encontramos-nos por aí

Talvez até precisemos trocar nossas muletas

Feito figurinhas de um álbum

Mas agora é hora de cada um montar sua coleção, de andar com as próprias pernas.

Caroline Borges
Enviado por Caroline Borges em 17/08/2014
Reeditado em 18/08/2014
Código do texto: T4925743
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