É MEU
Ah, eu não me vendo a essa tua filosofia barata.
Nem esses dramas miseráveis
Eu te Vejo. Eu te escuto.
Mas não sou santo das causas perdidas
Ah, Não me venha dizer o que fazer.
Se ninguém nem sabe por onde começar
Se por cima dos lençóis sua fala é mansa
Sei que debaixo dele também existem os gritos e silêncios
Por vezes eu piso nessa mesma estrada
Por vezes eu me canso de caminhar nela
Porque também tenho vontade de andar na grama não amassada,
Mesmo que os carrapichos grudem em minha perna
Então me permita, esse corpo me foi dado.
Do seu cuide você.
Ajuda também é necessária
Desde que o “eu” não vire o “outro”, e o “outro” não vire o “eu”.
Outra hora. Encontramos-nos por aí
Talvez até precisemos trocar nossas muletas
Feito figurinhas de um álbum
Mas agora é hora de cada um montar sua coleção, de andar com as próprias pernas.