Memórias do Campo

Eram nossas casas, muitas vezes paiol ou algo assim

semelhante.

Nas horas primeiras junto ao canto do galo

anunciavam mais um dia de lida campeira, a ordenha do gado, da lavoura e do campo.

Ainda pela manhã, um bom e fresco café com leite preparado pela vovó com opções de virado tropeiro e pão pra aguentar o tranco.

Para os mais velhos e o avô chibante, cuia e chimarrão fazem jus a tradição distante. Sobre a mesa ao lado e ao lado do fogão a lenha, o velho e robusto rádio à pilha, a noticiário se dava pelo rádio Pinga Fogo(go-go-go-go...), sob efeito com eco e som chiante.

No pasto,

uma paisagem de rara e sutil beleza, a geada sobre a relva e a findar a natureza em um só manto numa brancura de cristais.

Hoje, aos 29 anos, porém não possuo mais esta terra e voltar no tempo não mais poderei,

mas resta-me de bom grado o tempo que em mim ficou marcado e que, a feliz felicidade, era a jovialidade de ser apenas uma criança.

Poesia Tofilliana
Enviado por Poesia Tofilliana em 15/08/2014
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