Rua do silêncio
Nesta esquina da minha infância
Encontro lembranças
Grilos menos barulhentos
Corujando a noite com as divididas corujas que negam nos olhar enquanto fazem não escutar os barulhos da minha madrugada...
Daquelas luzes frias e avermelhadas e daqueles banneres sujos de propagandas mentirosas,
Um bairro esquecido no silêncio do uivo deste vento de agosto que secam meus lábios e me fazem sentir aquele arrepio de pouco antes de urinar, a tranqüilidade da minha atual idade tomou também minhas lembranças,
Tudo tão parado quanto o vento no mexer das árvores.
Meus vizinhos tão calados, uns tão proletários que não podem apreciar a beleza da madrugada aqui na rua do silêncio, no bairro da paz e no pico da solidão.