Estilhaços*
o véu da noite esconde-me da tua palavra.
a pele alva denuncia o parágrafo do desejo.
quero-me em ti , como escrita traduzida no beijo magoado que nunca te dei. fui sonho de véspera e jamais brilhei.
tenho rasgos de ternuras no céu do meu olhar desbotado quando penso em ti. ainda há restos de mar nas minhas mãos exaustas de procuras e esperas. ter sem ter é sonhar realidades minúsculas.
órfãs emoções ainda repousam no altar da escrita. palavras contra palavras. apenas as palavras ainda me trazem teu gosto e teu cheiro de bosque e framboesas.
quero-te sempre, realidade ou fantasia, pensamento adúltero, estilhaços de maresia.
tenho rasgos de ternuras no céu do meu olhar desbotado quando penso em ti. ainda há restos de mar nas minhas mãos exaustas de procuras e esperas. ter sem ter é sonhar realidades minúsculas.
órfãs emoções ainda repousam no altar da escrita. palavras contra palavras. apenas as palavras ainda me trazem teu gosto e teu cheiro de bosque e framboesas.
quero-te sempre, realidade ou fantasia, pensamento adúltero, estilhaços de maresia.
Karinna*