Atlas
Sobre meus ombros largos carrego o mundo, sou o Atlas do novo tempo, afogo-me no suor insípido dos naufragados da vida, mas suporto as aflições da humanidade sobre meus ombros largos. Estremece, gira, rodopia o eixo terrestre e eu permaneço rochoso, firme, intocável pelos abalos cósmicos, não posso deixar a humanidade se afogar em suas próprias lágrimas.
Vai-te, caminha, oh! caminhante! Firma os teus passos avante, nas encruzilhadas pedregosas em que estás. Vai na convicção de que estou aqui, tal como Cristo, suportando a vossa Cruz.