Atlas

Sobre meus ombros largos carrego o mundo, sou o Atlas do novo tempo, afogo-me no suor insípido dos naufragados da vida, mas suporto as aflições da humanidade sobre meus ombros largos. Estremece, gira, rodopia o eixo terrestre e eu permaneço rochoso, firme, intocável pelos abalos cósmicos, não posso deixar a humanidade se afogar em suas próprias lágrimas.

Vai-te, caminha, oh! caminhante! Firma os teus passos avante, nas encruzilhadas pedregosas em que estás. Vai na convicção de que estou aqui, tal como Cristo, suportando a vossa Cruz.

Profano
Enviado por Profano em 09/08/2014
Reeditado em 09/08/2014
Código do texto: T4915584
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