Vi uma estrela tão alta,
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo
Na minha vida vazia.
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo
Na minha vida vazia.
Recordando a primeira estrofe do poema escrito por Manuel Bandeira, percebi o quanto as estrelas conseguem fascinar os poetas.
É óbvio que não existiria poesia sem as estrelas.
Não são as flores, não é o mar, o Sol nem a Lua.
Nenhuma dessas preciosas opções, envolventes elementos de enorme inspiração, incentivam tanto o canto profundo e inesgotável o qual os poemas oferecem.
Por que os poetam amam as estrelas mais do que tudo?
Notem os queridos leitores que, na magnífica Gênesis, destacando a majestosa criação do mundo, elas só aparecem no quarto dia:
E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas.
…
E foi a tarde e a manhã, o dia quarto.
Os textos sagrados erraram?
Como compreender o antes das estrelas?
Elas, muito distantes e tão próximas, entre outras maravilhas, conforme almejou nosso magnânimo Pai, refletem o carinho incondicional, marca insuperável a qual compõe a orquestra universal.
Apesar da localização inimaginável, elas fazem a ofuscante luz alcançar a Terra, abraçando os ingratos homens. Parece que elas, as notáveis e afetuosas estrelas, dizem:
Ó humanidade!
Por que tamanha vaidade?
Como insistir em dificultar a felicidade?
Eu não posso estar ao lado de vocês agora
Apenas desejo deixar a minha luz nessa hora
Dou a esperança que o sublime amor implora
Contempla, aplaude, sorri, realiza
Aceita reinar a paz a qual suaviza
Ouçam os brados, um bom poeta avisa
Repete emocionada uma gentil poetiza
Por que tamanha vaidade?
Como insistir em dificultar a felicidade?
Eu não posso estar ao lado de vocês agora
Apenas desejo deixar a minha luz nessa hora
Dou a esperança que o sublime amor implora
Contempla, aplaude, sorri, realiza
Aceita reinar a paz a qual suaviza
Ouçam os brados, um bom poeta avisa
Repete emocionada uma gentil poetiza
* Com as estrelas, o moço solitário possui amigas fiéis.
O boêmio conquista o ímpeto perfeito para as serenatas.
Os doces beijos apaixonados não necessitam ter um final.
O ancião revê todos os passos que outrora elas iluminaram.
O poeta...
Vive a magia...
Toca o sonho...
Nutre a certeza...
Chora ouvindo a incrível melodia...
Agradece o sopro que traz os versos...
E tamanha beleza brota, não cessa de brotar...
Por isso, eu ouso retificar:
No princípio criou Deus o céu, a terra e as estrelas.
Um abração!