Teu Encanto

A minha cadeia é o teu peito, e as correntes que me seguram é a saliva dos teus lábios, e nas tuas entranhas está a minha prisão perpétua. Não quero a liberdade, pois não se dá asas a mim, que estou eternamente preso no chão da tua pele. Lavo a cada manhã o meu rosto no suor do nosso prazer e sinto o frio dos cristais de gelo ardente vulcanizados no teu olhar. Nunca estive perdido porque nunca pude ser encontrado, sempre estive no mesmo lugar, acima, abaixo, ao lado de tudo o que és. Juntos formamos um novo ser, somos uma tríade de dois: eu, o amor, e teu encanto.

Profano
Enviado por Profano em 08/08/2014
Reeditado em 08/11/2014
Código do texto: T4914120
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