Moro do lado de cá do mar

Moro do lado de cá do mar

e a tardinha

visito-lhe com extasiada paixão,

visto roupa de mar... fantasia de olhares viajantes,

vou ao seu encontro...

pés descalços a sentir-lhe o toque de sal...

suave sensação de alegria.

Comovida rendo-lhe

meu sentimento

grande.

O maior deles

o mais belo,

o mais silencioso sentimento.

A sua presença de luz

comovente, me envolve

e devolvo-lhe - mar sem fim -

a poesia que você insere em mim:

esse cheiro de sal...

esse instável vai e vem, ritmado

e certo.

Devolvo-a como um

tributo aos seus azuis,

aos seus luares, à sua presença

imensa.

Devolvo-a

em oferta

a esse afeto

que me toca,

quando lhe olho...

quando me achego...

e eu que moro do lado de cá do mar,

mergulho

entranhavelmente

na generosidade

do seu verso em mim.

Dete Acioli
Enviado por Dete Acioli em 06/08/2014
Reeditado em 07/08/2014
Código do texto: T4912715
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