JORRO POÉTICO

Seria a poesia uma arte ou apenas o alivio escrito de um tristonho medroso afundado na lama ante um matagal incendiando-se?

Símbolos podem ser encontrados nos mais diversos lugares. Menos na vida, afinal - A vida não faz sentido.

Escrevia lindos versos de modo parnasiano.

Me faço engano.

Ouço uma palavra vazia de seu próprio sentido: liberdade.

Gestos e mais gritos de ordem se fazem ouvir por todo local. Não o sabem, mas fazem parte de...nada.

A arte não pode ser descrita. Não o quero fazê-lo.

A arte escorre de meu suor. Corre em veias estranhas e, sobremodo pode enfim descansar em berço pejo.

Palavras dispersas me vêm a mente. O que posso fazer delas senão escrevê-las? E ao por em pratica um mundo se abre, pessoas são libertas e coisas estranhas e maravilhosas se desprendem de seu sentido maravilhoso.

Um ser inexorável me torno. Ao mesmo tempo a menor brisa pode me abalar.

Tangido por grandes mãos sou uma corda desafinada. E que mesmo assim, reclama da pequena desafinação imperceptível de outrens.

L Müller
Enviado por L Müller em 06/08/2014
Reeditado em 06/01/2018
Código do texto: T4912578
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