JORRO POÉTICO
Seria a poesia uma arte ou apenas o alivio escrito de um tristonho medroso afundado na lama ante um matagal incendiando-se?
Símbolos podem ser encontrados nos mais diversos lugares. Menos na vida, afinal - A vida não faz sentido.
Escrevia lindos versos de modo parnasiano.
Me faço engano.
Ouço uma palavra vazia de seu próprio sentido: liberdade.
Gestos e mais gritos de ordem se fazem ouvir por todo local. Não o sabem, mas fazem parte de...nada.
A arte não pode ser descrita. Não o quero fazê-lo.
A arte escorre de meu suor. Corre em veias estranhas e, sobremodo pode enfim descansar em berço pejo.
Palavras dispersas me vêm a mente. O que posso fazer delas senão escrevê-las? E ao por em pratica um mundo se abre, pessoas são libertas e coisas estranhas e maravilhosas se desprendem de seu sentido maravilhoso.
Um ser inexorável me torno. Ao mesmo tempo a menor brisa pode me abalar.
Tangido por grandes mãos sou uma corda desafinada. E que mesmo assim, reclama da pequena desafinação imperceptível de outrens.