O Sol e a Lua II
Eu vi da janela a noite cair.
Um doce aroma de sonho chegou ao coração.
Eu vi a noite cair lá no meio da rua esquecida.
Entre as casas ela deslizou, rolou sem vergonha e no asfalto estatelou.
A madrugada sorriu da algazarra e o vento até tentou pegar a lua se derretendo de tanto sorrir.
Mas quem veio mesmo acudir respirando pesado, andando rápido como rajada de vento no meio do nada; com o toque forte de seu sapato azul foi o Sr. Destino.
Revoltado com a musa fujona, que o universo desarmonizou com ousadia.
Ele tudo agora teria que harmonizar...
Pegando a lua nos braços girou como bailarino dos galhos,
Bravo ainda feito maestro do universo, beijou-a sobre protestos...
E jogou-a nos braços do céu lá onde é o seu eterno lugar.
A lua chorou só nas nuvens...
Chorou com lágrimas de estrelas de quem perdeu seu amor...
Na verdade sua fuga de nada adiantou
seu encontro com o sol o Sr. Destino cortou.