Com sabor ainda a rubro desejo, resvalo a mão do pescoço ao peito, num suspiro de quase morte. é quando as letras se embaralham, e na travessia das almas, o teu majestoso coração ultrapassa a barreira da lógica e se ergue num pulsar indômito dentro do meu...
 
   sinto o sangue ferver enquanto desfilas teu rosto de sonho no meu olhar tatuado. e te pertenço uma vez mais... ritmada nesse querer de posse e de entrega; encaixando-me dourada às ternuras dos teus dedos e ao abismo perfumado dos teus braços. 
   nesse estares infinitamente em mim, são sempre tuas as minhas letras, as pétalas e os aromas a de.lírios que me permeiam, quando em úmido voo me navegas, densa preamar da pele à alma...


   
posto que nunca houve passado para os sentires;
há antes um céu-jardim que me dilui dentro das tuas asas de poema.

 





 


Ouvindo...


Denise Matos

 
DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 05/08/2014
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