Á MEMORIA DE SUASSUNA
Ariano Suassuna
Um literato discreto
Despediu-se deste mundo
Tomou seu caminho reto
E foi morar com Jesus
Num belo trono seleto
Despediu-se do seu povo
Com bastante lealdade
Esse artista popular
Viveu da sinceridade
Partiu pra morar com Cristo
Deixando imensa saudade
Ariano admirava
A musa do cantador
Auto da compadecida
Representa este pendor
Comprovando a lealdade
Do nosso bom escritor
Ariano consagrou-se
Um dramaturgo invulgar
Uma figura modesta
Um poeta popular
Um romancista do povo
Como foi Zé de Alencar
Pedra do reino demonstra
A beleza do sertão
O vínculo que Ariano
Tinha com o seu rincão
E o respeito formidável
Pela bela tradição
Ariano divulgou-se
Com seu lindo armorial
Belo movimento artístico
De caráter social
Comprovando seu respeito
Como intelectual
Nosso artista decantava
O seu pacato reduto
Falava do campesino
Representava o matuto
No romance popular
Não vai ter substituto
Nasceu em Taperoá
Esse beletrista forte
E com cinco anos de idade
Sofreu seu primeiro corte
Vendo seu papai querido
Ser levado pela morte
Ariano percorreu
Pernambuco e ceará
Na Paraíba também
Seu nome cresceu por lá
Pernambuco não lhe esquece
Nem o seu Taperoá
Falei com todo respeito
Sobre o famoso Ariano
Novelista nordestino
Poeta paraibano
E grande admirador
Do estilo euclidiano
Termino meu poemeto
Sentindo grande emoção
Por ter falado de um homem
De grande compreensão
Ariano Suassuna
Um menestrel do sertão