Á MEMORIA DE SUASSUNA

Ariano Suassuna

Um literato discreto

Despediu-se deste mundo

Tomou seu caminho reto

E foi morar com Jesus

Num belo trono seleto

Despediu-se do seu povo

Com bastante lealdade

Esse artista popular

Viveu da sinceridade

Partiu pra morar com Cristo

Deixando imensa saudade

Ariano admirava

A musa do cantador

Auto da compadecida

Representa este pendor

Comprovando a lealdade

Do nosso bom escritor

Ariano consagrou-se

Um dramaturgo invulgar

Uma figura modesta

Um poeta popular

Um romancista do povo

Como foi Zé de Alencar

Pedra do reino demonstra

A beleza do sertão

O vínculo que Ariano

Tinha com o seu rincão

E o respeito formidável

Pela bela tradição

Ariano divulgou-se

Com seu lindo armorial

Belo movimento artístico

De caráter social

Comprovando seu respeito

Como intelectual

Nosso artista decantava

O seu pacato reduto

Falava do campesino

Representava o matuto

No romance popular

Não vai ter substituto

Nasceu em Taperoá

Esse beletrista forte

E com cinco anos de idade

Sofreu seu primeiro corte

Vendo seu papai querido

Ser levado pela morte

Ariano percorreu

Pernambuco e ceará

Na Paraíba também

Seu nome cresceu por lá

Pernambuco não lhe esquece

Nem o seu Taperoá

Falei com todo respeito

Sobre o famoso Ariano

Novelista nordestino

Poeta paraibano

E grande admirador

Do estilo euclidiano

Termino meu poemeto

Sentindo grande emoção

Por ter falado de um homem

De grande compreensão

Ariano Suassuna

Um menestrel do sertão

Poeta Agostinho
Enviado por Poeta Agostinho em 04/08/2014
Código do texto: T4909392
Classificação de conteúdo: seguro