Chuva de Palavras

Inspirado em "Pele"

Da inspirada Poetiza:

Arana do Cerrado.

Chuva de Palavras

O que seria da Pena, nossa aliada talismã, se ficasse guardada em gaveta? Em um velho e descascado armário, daqueles que range, quando abrimos a porta?...

Um choro desesperado de agonia, pulsando e querendo adormecer. Tendo pesadelos com mãos e dedos.

Inquietantes pensamentos habitam o frio e o calor das palavras amordaçadas...

QUERO GRITAR! (Diz a Pena!...)

Saltitantes palavras adormecidas no berço colorido, claro e escuro dos Poetas!... Seria à morte no calvário do tinteiro.

Subo e desço montanhas, caminho por verdes vales, em floridos jardins E ao mesmo tempo áridos.

Por entre plantações de Girassóis e são tantos sóis, que quase cego, Quando abro a gaveta da alma...

A Pena sorri e "Una furtiva lácrima" escorre dos olhos da Pena, através Dos meus dedos.

Estás socorrida, converso com a Pena. Eis-me aqui, minha donzela de "Pele" clara e escura e olhos cor de mel.

O dia, chama por ti e a noite quer alimentar-se de palavras... Assim se Formam relâmpago e trovões e derruba através das nuvens, cristalina Chuva. Chuva de palavras.

O estômago ronca de fome e os olhos esbugalhados por letras não Dorme. Te aconchego Pena, ao meu peito e juntos, cansados pelo parto Dos versos adormecemos no leito.

Tony Bahi@.

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 01/08/2014
Reeditado em 03/08/2014
Código do texto: T4905939
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