Chuva de Palavras
Inspirado em "Pele"
Da inspirada Poetiza:
Arana do Cerrado.
Chuva de Palavras
O que seria da Pena, nossa aliada talismã, se ficasse guardada em gaveta? Em um velho e descascado armário, daqueles que range, quando abrimos a porta?...
Um choro desesperado de agonia, pulsando e querendo adormecer. Tendo pesadelos com mãos e dedos.
Inquietantes pensamentos habitam o frio e o calor das palavras amordaçadas...
QUERO GRITAR! (Diz a Pena!...)
Saltitantes palavras adormecidas no berço colorido, claro e escuro dos Poetas!... Seria à morte no calvário do tinteiro.
Subo e desço montanhas, caminho por verdes vales, em floridos jardins E ao mesmo tempo áridos.
Por entre plantações de Girassóis e são tantos sóis, que quase cego, Quando abro a gaveta da alma...
A Pena sorri e "Una furtiva lácrima" escorre dos olhos da Pena, através Dos meus dedos.
Estás socorrida, converso com a Pena. Eis-me aqui, minha donzela de "Pele" clara e escura e olhos cor de mel.
O dia, chama por ti e a noite quer alimentar-se de palavras... Assim se Formam relâmpago e trovões e derruba através das nuvens, cristalina Chuva. Chuva de palavras.
O estômago ronca de fome e os olhos esbugalhados por letras não Dorme. Te aconchego Pena, ao meu peito e juntos, cansados pelo parto Dos versos adormecemos no leito.
Tony Bahi@.