Igarapés*
há vazios imensos entre os azuis que timbram meu nome. sopro uma prece solitária ao mar e ele, soberano, devolve-me um poema. há tantos receios como tantos são os sonhos entre os igarapés distantes que percorro. dá-me tua mão. dá-me teu sorriso de maresia e lê na minha pupila o beijo que nunca reparti. tremo ante o absurdo da dor cantada entre os dedos das nossas ondas. em tom azul reina, do Amor, a harpa sentida.
karinna*