Eu queria que você soubesse... como eu sempre quis que você soubesse que é o único amor da minha vida!
Tantas noites insones buscando seus traços, cada detalhe do seu rosto, do seu corpo, o som da sua voz, nos meus pensamentos...
Na solidão enluarada, sob as estrelas, entre o silêncio que me cercava em noites escuras ou prateadas, era o seu nome que meus lábios sussurravam feito poesia ou prece... e nas noites de chuva, quando a saudade doía, apertanto como um torniquete o meu coração, eu caminhava insanamente sob a escuridão inpiedosa e gelada, buscando um lenitivo sob a sua janela... nunca o vi... imaginava - o, talvez, aquecido pelos braços de outra... o ciúme, como um um espinho lacerante me rasgava a alma, fazia o coração quase saltar de dentro do peito... olhava para o céu, buscava o lenitivo de uma estrela a brilhar nos meus olhos, mas a chuva, apenas a chuva, se misturava às minhas lágrimas...
Voltava para o vazio frio e silencioso do meu quarto, ao encontro da companhia infalível de todas as noites, a abençoada saudade que não me deixava esquecê - lo, e ali, entre macios, mas gelados lençóis, abraçando meu próprio corpo, sentindo meu próprio desejo, imaginava seus beijos que sabia jamais iria sentir... frustrada e insatisfeita, sentia meu corpo reagir como um animal ferido... e a noite passava, enquanto eu velava as horas envoltas em tristeza e solidão... e cada manhã me trazia a certeza de uma outra noite igual, porque eu sabia, sempre soube que jamais o esqueceria...
Seria como um sonho que a vida realizasse, nos encontramos, você olhar nos meus olhos e o amor acontecer... e eu teria a certeza de que este meu amor infinito não foi tão lindamente criado para existir sozinho, e sim para ser divido com você, o homem que amei quase a vida inteira, que amarei para sempre, mas que sequer sabe da minha existência...



Arianne Evans
Enviado por Arianne Evans em 09/09/2005
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