Apaixonado Por Elas
Quase todo homem tem aquele coisa de ser durão, ou pelo menos querer ser. Como nos culpar? Nós vivemos em uma sociedade machista onde o homem tem que ser capaz de suportar tudo! Toda dor, todas as coisas ruins, onde o homem não pode se magoar... A sociedade diz que temos que ser durões, e nós tentamos! Chega a ser ridículo como algumas vezes tentamos, mas é nosso papel, não é?
A gente aguenta muita coisa, mas chega uma hora que vem a criatura mais doce, dá o toque mais suave em nosso coração e pronto! Acabou aquela muralha! Acabou o ogro, o brutamontes! Acabou... A gente desaba! É como um bloco gigante de gelo percorrido pela calma água quente! Vai se derretendo todo, quando a gente vê, já não sabe mais o que era gelo, o que era água...
Mulheres, ah essas mulheres! Tão simples, tão extravagantes, tão meigas e irritantes que nos encantam sem querer querendo... Que nos levam a fazer loucuras e desfazê-las das maneiras mais loucas possíveis! Essas mulheres apaixonantes que nos fazem perdem tanto tempo admirando-as e depois nos faz pensar que nem foi tempo perdido, mas sim muito bem investido! Essas mulheres que nos fazem achar que daqui até Berlim é como daqui ali na esquina, na casa daquela menina que nos fascina!
Não tem jeito! Podem falar que sou valentão, às vezes grosso, mal encarado! Podem me chamar de ogro, enfim, do que for... Mas uma mulher me desconserta mesmo! Fico bobo, besta, tolo...
Toda muralha tem sua falha, e porque nós homens não teríamos? Em toda essa brutalidade rígida, até frígida, existe uma brecha pra entrar! O mais estranho é que essa brecha é pelo lado de dentro! Se chama coração! É por isso que eu digo que as mulheres são mágicas! Só elas conseguem entrar pelo lado de dentro, com o perdão do trocadilho, do paradoxo, mas e daí? Quem é que se importa com o impossível quando se trata de mulheres? Elas são fantásticas, são esplendidas, elas são simplesmente mulheres e é por elas que sou apaixonado!
Walter Vieira da Rocha, 25 de julho de 2014