Uma bela canção.
Juntos e separados os amantes viviam suas alegres tristes ilusões da poesia cósmica dos tempo de outrora,
Fadados a não tocar um ao outro,
A nunca se embebedarem nos olhos apaixonados do amor,
Tristes laços dessa poesia que só os deuses saberão a rima.
Ela que viva sempre a fechar os olhos a noite, pedia pelo seu amado paz e serenidade.
Em troca recebia o sono tranquilo e a certeza que ele existia,
O calor que os corpos emitem quando alguém se aproxima era tudo o que tinha e quase que por instinto, ela se virava para toca-lo mas suas mãos nunca segurava as dele.
Doía não ter rima,
Não ter verso,
Nunca possuir melodia...
Nem mesmo o rosto para se lembrar, restavam apenas lembranças de vidas passadas em seu coração.
Restava-lhe a essência!
Sim, o amor de ambos era tão puro e verdadeiro que os anjos se apiedavam e lhe davam o sonho para seus encontros.
Mas nunca a lembrança dos momentos partilhados, apenas a saudade ficava como marca no coração de ambos.
Sem saber seu rosto, ela que era sonhadora prestava atenção a todos os olhos que caiam sobre os seus.
Respirava profundamente, e perguntava com sua alma.
É você?
É você aquele que partilha do meu amor?
Até o dia em que nesta, ou em alguma outra vida seu enamorado a reconheça e sem pergunta saída dos lábios dela, lhe diga apenas...
Sim sou eu, minha linda rosa vermelha