O Eco das vozes

O Eco dos sons, o eco das súplicas.

Não bastassem sonorizadas no vento, somam-se aos imortais ecos do pensamento.

Que vento! Que confusão, quantos caminhos dados sem volta.

De um objeto que é parte do real, agora ele é guardado, processado, imaginado, reprocessado e dito. Assim é o objeto, objetivo, e agora subjetivo.

Lá no alto, donde os ecos são de outra natureza, muito se diz pelo que não se sabe. Já aqui, nessa atmosfera, mesmo não sabendo muito, outras cantorias são manifestadas, e com ela, o mórbido pulsar dos ecos silenciosos das mentes dos mortais.

- Quanta segurança, quanta autoridade!

Preso nas cadeiras, dizemos tudo num enquadramento mental sem volta, afastado cada vez mais do real que não vive, pois em suma, já sabe. A respiração dos cérebros no vidro, (das cabeças no aquário), levanta hipóteses e decide questões.

- Quantas soluções, quantos verbos, muitos ecos.

Por outro lado, num desejo estranho de que essa implicação pare e os anseios se saciem, homens repetem, o que, aparentemente chamam de razão humana.

Pingado
Enviado por Pingado em 22/07/2014
Reeditado em 22/07/2014
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