Razão Perdida
Teus olhos na tua boca me fazem ouvir passos descalços que se distancia do teu ouvido e bate no meu peito. Desfaço-me de desgosto, mesmo assim continua gostoso o gosto azedo do teu suor que me leva a uma atmosfera única do mundo astral dos sonhos encantados. Tuas costas cheias de cordões umbilicais que te conecta a esse sonho acordado que vivo ao teu lado. E não me esqueço do momento que te conheci, mas não consigo me lembrar de quando deixei de te conhecer. Droga! Essa nuvem negra cada vez mas negra me faz lembrar seu hálito que transpirava do teu corpo inteiro e me exalava de carinhos, ternuras, quantas amarguras vividas ao teu lado. Mas que lado? Essa nuvem negra me fez esquecer como são lindos seus olhos na tua boca. hááááá´ que boca, que olhos , que corpo. E aqueles gozos gozosos que muitas vezes fui levado de mim para ti em movimentos cada vez, mas únicos e gostosos. Tuas mãos eram meus pés e tua cabeça minha cabeça, na verdade o que era meu era também seu, seus pés, seus joelhos, sua barriga háááááá que barriga... Hoje andando vejo ruas escuras noturnas por onde passamos e flutuamos nos afundamos num oceano cada vez mais raso nesse rastro de rato doentio que povoa esgotos de belos romances com nuances pútridas de ciúmes, que tua bela boca fala o que meus olhos não conseguem ouvir e meus ouvidos não conseguem ver e continuas a falar... Eu grito. – Cale-se pelo amor da razão que perdeste á muito tempo atrás.