POEMA SEM NOME - DOIS

Absurda!

Quando chegas

Nos pega de calças curtas...

Maldita!

Ceifando a vida

Abrindo um espaço

Confinando-nos na saudade...

Sorrateira!

Dá-nos rasteira,

Tirando o brilho

Dos olhos de quem

Pensa andar sem viseiras...

Traiçoeira!

Chegas a francesa

Sem nos pedir licença...

Aberração!

Não polpas nem os sonhos...

Ridícula!

Tira-nos tão cedo

Aqueles que amamos,

E aos quais confiamos tantos segredos...

Incoerente!

Tantos renegando a existência,

E você, descuidada

Arranca-nos os bons

De nossas convivências.