Copa do imundo ou apenas uma cozinha?

Rolou, copa da FIFA num país gigante: faltou polícia no bairro distante,

mas nas arenas foi a proteção total.

Vimos que os mendigos sumiram das ruas, um milagre ou só uma falcatrua, a tal brazuca vendida em real.

Pobres, uns brasileiros não compraram ingresso, a copa é cara e dificulta o acesso, mas na cozinha a cachaça rolou.

A FIFA, não paga impostos e tem toda isenção, aqui quem paga imposto é o cidadão, ou aposentado porque trabalhou.

No exterior nossa imagem é de selva, de mata virgem, tatu bola e relva, de muito índio e animal feroz.

Até porque perto de arenas “elefantes brancos”, uns animais dão porradas no povo, tentando mesmo calar sua voz.

Enquanto a copa rola a nossa indústria quebra, comércio dança e o povo requebra, compramos tudo lá no estrangeiro.

Se você pensou que a China não veio, estava aqui, ganhou muito dinheiro, pois até o chinês é um bom companheiro.

E o tal projeto de poder extremo: comprar eleição com dinheiro de copa, só não deu certo, pois Deus é brasileiro.

A Alemanha meteu 7 a 1, e a Holanda meteu 3 a zero,

mostrando ao mundo inteiro, como eles usam dinheiro.

E, com a tonelada de bilhão investido, bolso do pobre ficou enrustido, mas para alguns a riqueza foi plena.

E o tal legado de tanta gastança? Educação, saúde e segurança, foram perdidos dentro das Arenas:

Fonte Nova, Castelão, Beira Rio e Itaquerão.

Amazônia, Nacional, Pernambuco e Pantanal.

Dunas, Baixada, Mineirão, Maracanã. Fabricando a ilusão.

São 12 arenas, cada uma em capital.

E nas cozinhas do nosso País, não chegou nenhum real.

Samba no cais, agora vou ver quem dá mais,

a copa do rico é na Arena, do pobre é a cozinha do esquema.

Pobres fulecos, torcendo no País inteiro, e a seleção de estrangeiros gerando a vergonha suprema.

Autor: João Bosco da Silva (boscodonordeste)