Chuva de outrora.
...e paro em um canto a observar, sentindo-a me tocar de leve.
Gotículas como migalhas de um tempo qualquer,
sem saber se é passado, presente ou futuro...
...e fico ali quieto, refugiado, buscando ser consolado, tentando entender meu caminho entre as rajadas de vento e o trilheiro de uma gota a correr na vidraça, que ao meu lado se embaça e me serve de folha de rascunho.
Desenhos bobos... por vezes são apenas rabiscos contornando as negras nuvens tempestivas.
Se pudesse sairia com ela mundo afora, varrendo tudo com uma força majestosa.
Desbravaria o meu eu e acalmaria quando me desejassem ver como eu a vejo.
Chuva.