UM GRUDE QUE NOS REMENDA.
Eu sem mim, fico mais leve,
Parece que eu vou flutuar,
Não preciso ser tão breve,
E posso até me alongar,
Pois não necessito nada,
Para minha alma me afirmar.
Esta flor me embevece em demasia
Tem a cor mais predileta deste servo
Contemplando minha prece me elevo
Na comunhão completa do espírito,
De seremos pétalas caídas não santifico-me
Cumprindo apenas as solenes promessas.
E na brancura dos pombos que emanam paz,
Nos tornamos alvo em tudo que nos conforta,
Do que na verdade somos apenas meras portas,
Quando do ego desnudos nos caem as vendas,
Podemos compartilhar o amor e não contendas
Fazendo a dor um grude que nos remenda.