Da série "CONVERSAS DE ESCRIVANINHA"
- textos baseados em comentários que fiz a textos de amigos -
18:
Olhar uma chaleira sempre me remeteu aos dias de chuva, um chá aromático, um bom livro, música suave, certa reflexão e recolhimento, leveza e serenidade. Ou ainda às tardes sob as cobertas, curtindo um bom fime de época na tevê, na Sessão da Tarde, que saiu de cartaz.
Agora, depois do teu fundo poema, pensarei na alma que ferve na chaleira. A fervura, as dores, os vapores.
Melhor: procurarei ater-me ao ponto de infusão; mergulhar o chá ou a alma apenas - apenas! - na temperatura certa. Nada exceder. Com cuidado.
Compreendes, Ana?
A vida não deve ser mais dolorosa do que é nem o chá mais forte que o recomendado, a ponto de se estragar-lhes o aroma e o sabor.
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