Poema de meu livro"Poeteiro de Rua"

 NAVALHAS
Parte do que sinto, escrevo
Sinceramente, é verdade
A outra parte, imaginação
Talvez não total, afinal
são textos da memória
Belas ou tristes estórias
da infância tão pródiga
de belas, inigualáveis,
inesquecíveis lembranças...
E os versos a embalar
Irresponsável juventude
Tenho-os na memória
as namoradinhas, glórias
alimentando a alma
muito amor, carícias
arrebatamento, calma...
Infelizes levados pelo vento
Décadas primaveris
puro enternecimento
Vida, vida...vida...
Sopras o aroma de ampulhetas
E nós viventes
Ah!...pobres sobreviventes
Tentando submergir do tsunami
Que se abateu em nosso caminho
Triste e cruel destino
este de envelhecer.
Navalhas do tempo
mas não há nada a fazer,
a não ser aceitar piamente
e os cotidianos versos recitar
Vida...vida...vida...
Amar...amar...amar