A Casa 22

O bobo arriscou-se a dar alguns passos

Por inocência coincidiu de entrar num labirinto de ideias

Deslumbrado com tamanha diversidade de opiniões

Levado pela carruagem, visitou a casa de numero 22

O numero zero representa uma fase

Frequentada umas mil vezes por vida

Nessa o eremita lhe deu hospedagem

Em sua companhia, tão só ele vivia, (e no espelho se via).

Interrompido seu silencio, o Diabo bateu a porta

É hora do julgamento.

E todo o resto assistia, o imperador a decretar justiça

Esperando o ceifador arrancar lhe a consciência

Enquanto a papisa levantou-se como digna e piedosa

Sugestionou que o Sol queimassem lhe os olhos

Aos invés jogar o coitado de cima da torre ou pendura-lo como de costume

Talvez assim a roda da vida fosse de fato justa.

A Imperatriz alojou o cego e ofereceu oportunidade de frutificar

A estrela iluminou o feliz infeliz

O mago lhe ensinou a fazer brotar a semente

E Mal sabiam aqueles todos que a lua ainda carregava seus segredos

Talvez se tiver mais sobriedade

O mísero não se enojaria da liberdade alienada entre os apaixonados

E o mundo

Ah, o mundo seria nosso.

Caroline Borges
Enviado por Caroline Borges em 14/07/2014
Reeditado em 18/08/2014
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