A Verdade Do Pensamento Inapto
O senso comum que transparece no correr dos anos,
Galgando margens anteriormente intransponíveis,
Emergindo num turbilhão de abstracções inverosímeis,
Destacando-se na apreensão do inatingível evasivo,
Que percorre intemporalmente as nossas almas errantes,
Percorrendo por abismos insensatos e alienatórios,
Encerrados na escuridão da ignorância absorta,
Libertados doravante pela extinção da percepção ignota,
Viajando no interior do âmago do entendimento elementar,
Que assaz vive intrinsecamente ao nosso redor embutido,
Perdido na fonte do pensamento puro que emana imortal,
Gloriosamente alcançado e infielmente esquecido,
Quando a razão do imperceptível surge em áurea luz,
Que invade indelevelmente o espirito agora enaltecido,
Que ficou associado eternamente ao Cosmos etéreo,
Como parte integrante por direito e dele indissociável,
A verdade que procuramos incessantemente vive em nós,
No fundo da mente mais jocosa, exígua ou inebriante,
Basta procurá-la afincadamente no fundo tortuoso e vazio,
Que habita em nós e deixá-la florescer em terna alva luz.
Lx, 31-7-2013