SAUDADE DA PRÓPRIA SAUDADE
Todos têm o livro-registro da vida,
uns com nada a declarar,
alguns às vezes com um nada mais para anotar,
muitos com pouco,
poucos com muito,
mas a quase todos:
“um não dá mais tempo”:
para tudo ou nada escrever!
Esses poucos com muito a registrar,
são os mais cheios de Saudade,
todos seus dias passados de esperança,
vêm carregados na verdade,
de mal-me-queres de lembranças,
para seus pretensos dias no futuro.
Tenho saudade de tempos há tanto idos,
“do que quis e não fiz”, em meu ideal mais puro.
Vultos um tanto disformes, quase já se apagaram
pela brevidade com que passaram.
Outros, os mantemos apartados,
às lembranças bem apegados
conosco nítidos a conduzir.
Pois esquecer é a curva da estrada,
é morrer e não ser mais visto
na curva da lembrança sumir.
Às vezes até duvido se fui tão feliz assim,
o quanto minha mente insiste recordar...
Desses dias tenho saudade, sendo enfim
ao mesmo tempo alegre e triste ao lembrar,
que "Era uma vez... Eu a Conheci"
E ao passar do tempo, jamais a esqueci.
Eras tu tão doce e inocente:
neste momento - passado e presente
que se chocam dentro de mim.
Eras, neste devaneio, o início e o fim
de tudo o que sempre quis.
ao mesmo tempo alegre e triste ao lembrar,
que "Era uma vez... Eu a Conheci"
E ao passar do tempo, jamais a esqueci.
Eras tu tão doce e inocente:
neste momento - passado e presente
que se chocam dentro de mim.
Eras, neste devaneio, o início e o fim
de tudo o que sempre quis.
Avistar tão distante na estrada da vida,
Tal imagem querida,
é uma benção ou um castigo?
Pois quem cedo não morre,
tem muito a buscar no passado;
Velho coração dá o abrigo,
E a lembrança, a eterna alma socorre.
Por isso sempre digo,
ao passar dos dias ao vento,
muito saudoso apenas sou,
não saudosista sem alento:
um profissional da saudade ser
na acepção da verdade!
Não quero o fluir da areia reverter,
montado no fugaz corcel do tempo...
Porquanto já me avança a idade!
ao passar dos dias ao vento,
muito saudoso apenas sou,
não saudosista sem alento:
um profissional da saudade ser
na acepção da verdade!
Não quero o fluir da areia reverter,
montado no fugaz corcel do tempo...
Porquanto já me avança a idade!
Tudo tem hora no relógio do Grande Tempo.
Esta recordação não existiria,
Essa doce saudade não seria...
se não acomodasse no peito a alegria
de estar vivendo e agradecendo ao Eterno,
por me conduzir na vida, até aonde chegara,
E somente por Amor o Senhor me deixara.
A cada degrau alcançado,
faz-me entender que o passado
a um cemitério é equivalente,
para tudo de que Ele nos libertou.
Mas foram para o lugar da eternidade,
todos aqueles que sempre amamos
Benção e Cruz sempre presentes
nessa existência na qual passamos
numa Saudade da própria Saudade!
a um cemitério é equivalente,
para tudo de que Ele nos libertou.
Mas foram para o lugar da eternidade,
todos aqueles que sempre amamos
Benção e Cruz sempre presentes
nessa existência na qual passamos
numa Saudade da própria Saudade!