Desculpe o atraso
Que o acaso não tem prazo de validade
E esta minha poesia, que nunca caso com a verdade,
É mal traçada com a irrealidade de uns versos assim
Mal desenhados em suas tantas impossibilidades.
Desculpe o mau jeito
Mas o modo mais perfeito de falar sobre o que foi feito
É entender o defeito que tinha aquilo que foi desfeito.
O imperfeito é somente algo meio fora do seu conceito
Ou o preconceito diante tudo que não entendeu direito.
Desculpe dizer
Mas saber desistir é para mim mais que saber perder
Quando a pessoa se perde de si mesma, o que fazer?
Eu grito de tão distante, mas quem é que vai entender
O eco de minhas palavras que eu mesmo sei esquecer?
Desculpe o mundo
Vamos por a culpa no mundo ou reclamar da vida
Vivemos tempos difíceis até para tentar amar
Vivemos horas tristes de uma história tão sofrida
E eu me canso da lida e não sei nem mais sonhar
Desculpe a poesia
Não sei o que eu faria se não fosse a luz do dia,
O cair da tarde e a noite que vem sorrateira,
Ou o meu olhar mais absurdo para todas as coisas,
Para o absurdo de todas as coisas que sei olhar, ainda.
Desculpe mais este poema
Que o meu dilema é todo poema não ser o último,
Que o meu problema é essa minha busca não ser útil
E essas palavras tão pobres de mais um verso fútil,
Esse sentir aqui dentro do peito mais este momento,
Que nunca é útil e nunca é o último...
Então eu tenho mais tempo
E é o tempo que me envelhece e isto me entristece,
O tempo que me devora e isto nunca me apetece,
Enquanto em mim nada esquece que não sei de onde vim
Nem para onde vou, os como e os porquês e o para quê...
Nada me resta, sigo na lida contra o tempo e ao lado dele,
Porque não é ele que me mata, nunca foi ele, na verdade,
Porque de verdade o que aos poucos me mata é a vida!
Que o acaso não tem prazo de validade
E esta minha poesia, que nunca caso com a verdade,
É mal traçada com a irrealidade de uns versos assim
Mal desenhados em suas tantas impossibilidades.
Desculpe o mau jeito
Mas o modo mais perfeito de falar sobre o que foi feito
É entender o defeito que tinha aquilo que foi desfeito.
O imperfeito é somente algo meio fora do seu conceito
Ou o preconceito diante tudo que não entendeu direito.
Desculpe dizer
Mas saber desistir é para mim mais que saber perder
Quando a pessoa se perde de si mesma, o que fazer?
Eu grito de tão distante, mas quem é que vai entender
O eco de minhas palavras que eu mesmo sei esquecer?
Desculpe o mundo
Vamos por a culpa no mundo ou reclamar da vida
Vivemos tempos difíceis até para tentar amar
Vivemos horas tristes de uma história tão sofrida
E eu me canso da lida e não sei nem mais sonhar
Desculpe a poesia
Não sei o que eu faria se não fosse a luz do dia,
O cair da tarde e a noite que vem sorrateira,
Ou o meu olhar mais absurdo para todas as coisas,
Para o absurdo de todas as coisas que sei olhar, ainda.
Desculpe mais este poema
Que o meu dilema é todo poema não ser o último,
Que o meu problema é essa minha busca não ser útil
E essas palavras tão pobres de mais um verso fútil,
Esse sentir aqui dentro do peito mais este momento,
Que nunca é útil e nunca é o último...
Então eu tenho mais tempo
E é o tempo que me envelhece e isto me entristece,
O tempo que me devora e isto nunca me apetece,
Enquanto em mim nada esquece que não sei de onde vim
Nem para onde vou, os como e os porquês e o para quê...
Nada me resta, sigo na lida contra o tempo e ao lado dele,
Porque não é ele que me mata, nunca foi ele, na verdade,
Porque de verdade o que aos poucos me mata é a vida!