Menina da Lua
Um empurro forte do vento bagunçou os cabelos. O nervosismo tomava conta a cada barulho que escutava. Ela vestia um traje esporte fino, preto e branco e olhos desejando o céu. Na desordem de um sagrado silêncio, os pensamentos vão além.
Ela queria uma ótima bebida ou um livro, na verdade tanto fazia ou nada fazia... Nada estava feito. Estava cheia de silenciar sozinha, cheia de não encontrar o universo em um caixa de surpresa. Já desejava não desejar.
As partidas não a magoavam tanto quanto antes, pessoas sempre vêem e sempre vão, mas ela ainda gostava de futebol.
No fim de tudo, uma situação a agradava: uma sacada pronta para segurar seu corpo estirado, feito um leito, com vista para lua, assim questionando-a e respondendo a si mesma. Isso sim a aliviava, como um pássaro se sente voando...
Perdeu tudo e se encontrou. Hoje ela voa.