Aquele homem

Por onde estará àquele homem que iria proteger o mundo com seus braços feitos de cristais?

Talvez quebrado, despedaçado pelas mãos incoerentes que o manejava.

A onde se esconde àquele que dizia-se fraco entre as formigas, robusto dentre os gigantes?

Perdido, dentre a falta de objecção sobre uma vida que não o vivia.

Por onde estarei quando as letras insistirem em findar meu conturbado momento de dor?

Sentado, derramando lágrimas ocultas em um peito robusto de saudade.

A onde se escondes enquanto à pinto no peito como uma bela obra intocável?

Perdida, não em vida, mas no meu peito sem uma.

Por onde estará àquele homem que julgara-se eu?

Escrito, em um livro crescente de aprendizagem.

A onde estarei quando me leres?

Reaprendendo a ser o homem que amas-te.

Sávio Soares
Enviado por Sávio Soares em 06/07/2014
Reeditado em 15/08/2014
Código do texto: T4871638
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