" AINDA SOU HUMANO? "
Como não te posso tocar,
faço-te verbo.
É meu desejo!
Faço-te imaterial,
faço-te sonho
que em meu peito habita.
Não preciso tocar-te,
não preciso te ver.
Habitas-me inteira,
quem tem a alma
não precisa de lascívia.
Dirão que minto, mas extremado e desperto,
refiz boca, olhos luminosos
neste poema apaixonado.
Ainda sou humano?