Presa por querer ficar...
E de repente,
assim tão de repente,
um fracionar de segundo!
Átimo do tempo,
seria um vento a passar?
ou
fora somente um suspiro,
Um rito no tempo afinal:
Era você fazendo rir, meu ar de dor,
Chegou: janela aberta, escancarada!
Mais que propício, quase um ladrão,
Tão sorrateiro, levou o riso e o coração!
Roubou meu ar, levando a calma,
Arrebatou-me ad infinitum
De tão singelo, envolto em versos,
fisgou até os meus (agora) versos seus...
Fiquei faltando, trova sem rima,
jogo sem peças, anjo de asas caídas.
Nesses enredar, toda envolvida,
na tua teia ou trama de delicadeza,
perdi o fio, não quis sair.
(presa) por querer ficar...
Como de um sono-sonho não querer acordar
Ser minha própria sentinela,
e não me deixar fugir
Meus elos nos teus juntar,
aprisionada, pacto com teu existir...
Sutilezas ou o imponderável da paixão?