Um Rio cansado de sofrer
O desrespeito desta gente
Que jogam em seu leito o lixo.
E barcos que seus óleos espalham.
Matam sua vida e sua flora
Chorando este Rio implora.


Quando o Rio fica bravo,
Corre desesperado
Suas águas ficam barrentas
Nem ponte e barreira aguenta.
 
Corre e assusta a gente
Transborda para todo lado
Fica feio de tão cheio.
Leva tudo que tem na estrada
E arranca o que tem nas beiradas

Parece que sofre o Rio
E vinga-se
Em quem vê primeiro.
Ruas, cidades e praças
Arrasa em seu destempero.


Depois de passada esta raiva
Ele volta quietinho para o ninho
E fica mansinho em seu leito
Até que volte seu desespero!