“A MINHA AMADA DORME”.
Novamente a madrugada
E o poeta ali, fazendo versos,
Ele sente que o sereno cai lá fora
Que a noite está indo embora
Ele ali no seu divã, confessando para Deus;
Não tem sono nem vontade de dormir
Não tem fome nem sede,
Mas tem alguém pra lhe soprar...
Os versos... Esse alguém é Deus!
Fala sozinho, faz gestos com as mãos,
Abre um largo sorriso...
Quando lhe vem uma canção.
Ah! Poeta! A sua amada dorme,
Talvez sonhando contigo, e você,
Que sonha alem. Vai poeta...
Vai dormir que o amanhã já vem
E o orvalho ainda molha a relva.
Ele pensa pegar o violão...
Para tocar uma canção
E ofertar pra ela; mas ela dorme,
Ele não quer fazer barulho...
Pois ela acordaria com os acordes.