Balada para um Cavalo Magro

Balada para um Cavalo Magro

Um cavalo magro atravessa a rua

Está em busca de um terreno onde

a grama verde brotada após a chuva ainda resta.

Que triste ser um cavalo e viver na cidade,

andar pelas ruas cobertas de asfalto

tão longe dos rios, dos vales, dos montes.

De porte tão belo e olhos tão tristes.

me faz pensar nos cavalos dos sonhos

galopando nas noites por infinitas planícies;

me faz lembrar dos cavalos de nomes tão belos:

Bucéfalo - que lutou com Alexandre

Rocinante- que conduziu Quixote pelo mundo dos sonhos.

Ah! O cavalo de Riobaldo.

Cavalos que estiveram sempre juntos com seus cavaleiros em momentos extremos

cavalgando distancias, tão longe de casa, quando o

cavalo e o cavaleiro tornam se uma só pessoa.

Cavalo Magro de olhos tão tristes

Qual é o teu nome?

Deve existir um grande bosque entre as montanhas;

Uma planície onde correm rios de águas claras,

onde o capim verde sempre cresce e sua alma galopará

sob as estrelas e a curva da lua nova.

Mas se está tristeza é apenas minha,

Se não existir nada além da linha,

como rios de águas claras, planícies prateadas sobe a lua e a estrelas,

por onde galoparás livre.

Então não sonharei para mim o paraíso.

Vou Inventar planícies cobertas de relva e de verdes capinzais

Inventar céus de estrelas e radiantes auroras.

Cavalo magro de olhos tão tristes

Tudo que posso fazer neste momento

É sonhar por ti, rezar por ti

Invejar tua humildade e tua nobreza

e de alguma forma pedir perdão.

E peço de coração.