POEMA DA MADRUGADA

luz acesa, vida apagada

e o silêncio

dos dormitórios de grades

me obrigam a pensar calado

sussurando em mina cabeça

palavras perigosas

ideias que normalmente ficam presas.

Luz que alumia, vida exterminada

propaganda pro apresnetador se eleger,

um potencial criminoso

como disso posso me esquecer

se o silêncio dos dormitórios

da Aerolândia tem grades,

muros, cercas elétricas

e televisão.

Se o silêncio só é interrompido pelos galos que anunciam

uma cidade massacrada

pelo tráfico

que rende

a quem

tem

interesses no atacado

e quem mata

e se mata é o varejo.

Luz encardida, vida por nada

cada estrela no céu não contabiliza

o lucro da “boiada”, povo marcado

se fingindo que é feliz

isso é o que o apresentador

carniça diz...

“Tem de levar muita chibata”...Mostra a cara do bandido”...”É tudo vagabundo”...”Qureo parabenizar a policia”...

Luz não é igual a vida

uma acende e apaga

OUTRA NÃO!

Antonio Viana – poeticagem.