O que sobra
O silêncio
Morna manta
Alfama mudo
Canto da alma
Escaninho do pesar
Repetidas vezes
Como se mantra
Desguarnecido
Como se sem escudo
Conta o que se esvaiu
Confunde a sobriedade
De vez, o que fica
No âmago se precipita
Se evapora
O que nos faz sozinho
E se faz inatingível
Montando nuvens no céu