Nenhuma vez
Estou sentado no banco do parque
Onde nos vimos pela terceira vez, nos abraçamos pela segunda e nos beijamos pela primeira
Será que você também virá aqui alguma vez?
Acho que eu tenho essa mania, de revisitar o que perdi
Mas o erro que cometo é perder o que não visitei
Pode o tempo apagar essa lembrança, esse sorriso?
Tão certo quanto o sol irá esquecer seu brilho
O tempo passa tão devagar, por que já passou depressa
E o meu olhar não encontra nada
O que vejo é o mesmo banco, mas não a mesma risada
Nenhuma pessoa parece me fazer companhia
Talvez só eu me importe
Ou talvez nada importe, agora
Será que importou? Acho que sim
Ou talvez não seja importante, o fim
Talvez eu volte nesse parque onde plantei meus pés
Onde perdi minha fala e alguma hora
Quem sabe ela não volte aqui e plante seus pés
E encontre minha fala alguma hora