Viagens Celestiais
Quando a mente entra em estágio reflexivo, e se expande para além do corpo extra-sensorial, como que hibernando da razão.
Divagando escorreito para o infinito onde se esconde o vazio.
Desligado do mundo de encontro aos grandes espaços onde o vácuo é reinante e o silêncio inquebrável.
O sibilar da mente letárgica a entrar no cosmos épico, onde forças telúricas povoam intervalos ocos, criando novos mundos do todo primordial.
O sentir diluir-se na torrente plasmática universal, como parte integrante e interactiva, como consciência do tempo, do espaço e da matéria. Interagindo como reflexo da sua própria existência.
Sou apenas a imagem do Universo no espelho da vida, para afastar definitivamente a dúvida da sua própria identidade.
Desaparecendo num incerto dia na inatingibilidade dos elementos desprofanados.
Lx, 26-11-2006