Viagens Celestiais

Quando a mente entra em estágio reflexivo, e se expande para além do corpo extra-sensorial, como que hibernando da razão.

Divagando escorreito para o infinito onde se esconde o vazio.

Desligado do mundo de encontro aos grandes espaços onde o vácuo é reinante e o silêncio inquebrável.

O sibilar da mente letárgica a entrar no cosmos épico, onde forças telúricas povoam intervalos ocos, criando novos mundos do todo primordial.

O sentir diluir-se na torrente plasmática universal, como parte integrante e interactiva, como consciência do tempo, do espaço e da matéria. Interagindo como reflexo da sua própria existência.

Sou apenas a imagem do Universo no espelho da vida, para afastar definitivamente a dúvida da sua própria identidade.

Desaparecendo num incerto dia na inatingibilidade dos elementos desprofanados.

Lx, 26-11-2006

Paulo Gil
Enviado por Paulo Gil em 20/06/2014
Código do texto: T4852088
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