VIVO
marginalmente mastigando o ócio
vou sem sócio nesses passos pelos caminhos urbanos
me boto pedaços de panos e vou.
Marginal espremido entre carros e pessoas, algumas são conscientemente más
outras são sem querer, querendo boas.
Vivo marginal vagabundando palavras e bocas
entorto padrões, bebo em bares toda caretice dos lares
de valores e morais familiares nobres e brancas.
Vou preto, nesse sol.
Vou moreno, nessa lua.
Moro em alguma marginal
durmo em alguma periferia
acordo.
Escapulindo nessa selva
de Pedras e Pedros
entre Balas e Bolas
marginalizando aquilo que te assola
vagabundando aquilo que te dá medo.
Antonio Viana – poeticagem.