VARANDA
Minha varanda descortina uma imensidão.
Árvores, o Cristo Redentor de braços abertos.
Pássaros me despertam com seus alaridos.
Meninos ainda empinam pipas colorindo a tarde...
Em noites quentes, ainda há cadeiras na calçada,
crianças brincam de pique ou esconde-esconde.
Aves noturnas cortando a paisagem...
Minha janela, pensei que desse para paredes frias,
mas para não perder a alegria, quando me deito
em noite de estrelas, sou coberta por seu véu.
Coisas que se perderam entre tecnologias e os arranha-céus.